quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Travesseiro do bem


A artesã Maria Eugênia Freitas, estudante de podologia da Universidade Anhembi Morumbi de São Paulo, se define como “extremamente pela natureza”. Em entrevista por e-mail, ela afirma ser capaz de chorar até pela morte de uma formiga. “Como um dia que enterrei uma [formiga] na praia, pra mostrar pro meu filho como ela empurraria a areiazinha que estava em cima dela pra sair. Qual não foi meu desespero quando ela saiu arrastando a patinha que se quebrou quando a enterrei, e logo em seguida morreu. Acabou meu dia”, conta.

E é essa preocupação com a natureza que transformou a casa da paulistana em um depósito de tralhas. “Guardo tudo, e quando surge a idéia de algo, lá vou eu pegar o material pra botar a mão na massa”, diz. Foi assim Maria Eugênia teve a idéia de usar sacos plásticos de supermercado para fazer almofadas e travesseiros. Este da foto ao lado mede 0,70 X 0,60 cm e foi feito com tiras de sobras de tecido e preenchido com, nada mais nada menos, que mil sacolinhas picotadas.

Um travesseiro tão simples como esse não parece ter tantas utilidades. Mas tem. Além de dar um novo uso aos sacos plásticos e evitar que eles acabem poluindo as margens dos rios, a paulistana garante que os travesseiros não dão alergia, não mofam, não têm cheiro, e ainda ficam “parecendo que têm enchimento de pena de ganso”, afirma.

A idéia é divulgada pela artesã que se alegra ao dizer que muitas almofadas e travesseiros assim já devem ter sido confeccionados pelo mundo afora. “Que bom, ´né’?”, vibra. “Todas as idéias que tenho com materiais que normalmente se jogam na natureza, coloco em prática”, diz. E complementa: “Tenho muitas idéias. Minha cabeça fervilha”.

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